A tabela abaixo apresenta estimativas de emissões brutas de 1ª e 2ª Ordem considerando áreas onde foram identificados corte raso da floresta tropical primária da Amazônia Brasileira (de acordo com a máscara do Sistema PRODES), utilizando dados espacialmente explícitos e os parâmetros detalhados abaixo.
Nestas estimativas não são consideradas as emissões resultantes da remoção de outros tipos de vegetação, em especial do Cerrado nos estados do Tocantins, Mato Grosso e Maranhão. Também não são computadas estimativas decorrentes de processos de degradação florestal.
Para as estimativas de 2ª Ordem, a escala temporal total do modelo é 1960-2016, pois o efeito remanescente das emissões por decomposição dos anos anteriores é considerado. Como pode ser observado na figura abaixo, as estimativas de emissões de 2ª Ordem apresentam uma resposta atenuada em relação a oscilações da taxa do desmatamento (aumentos e quedas), pois carregam a influência das emissões históricas, isto é, dos processos de decomposição/queima da biomassa remanescente dos desmatamentos ocorridos nos anos anteriores. As estimativas de 2ª Ordem são, portanto, mais precisas e apresentam maior embasamento científico para estudos relativos ao ciclo de carbono. As estimativas de 1ª Ordem são normalmente utilizadas para reportar emissões de modo mais simples e intuitivo. Estimativas para todo o período e para todos os gases estão disponíveis para download.
Os seguintes parâmetros foram utilizados para as estimativas. Clique aqui para download da tabela a baixo.
Embora os dados de biomassa representem a maior fonte de incerteza para estimativas de emissões (Aguiar et al., 2012, Ometto et al. 2014, Michard et al, 2014), a definição de todos os demais parâmetros também trazem incertezas associadas, e requerem avanços científicos que subsidiem o aprimoramento da representação dos diversos processos.