INPE-EM: Estimativa de emissões dos gases do efeito estufa (GEE) por mudanças de cobertura da terra

 

O sistema INPE-EM (INPE – Emission Model) é um serviço do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) que visa tornar disponíveis estimativas anuais de emissões de gases do efeito estufa (GEE) por mudanças de cobertura da terra no Brasil de modo espacialmente explícito. O sistema disponibiliza estimativas anuais de emissões para a Amazônia Brasileira desde 2012 e para o Cerrado desde 2019, ambos com base no PRODES.

São disponibilizadas estimativas de 1ª Ordem (que supõe de modo simplificado que 100% das emissões ocorram no momento da mudança de uso/cobertura) e de 2ª Ordem (que buscam representar o processo gradativo de liberação e absorção do carbono como ocorre de fato). As estimativas de emissões de 2ª Ordem apresentam uma resposta atenuada em relação a oscilações da taxa do desmatamento (aumentos e quedas), pois carregam a influência das emissões históricas, isto é, dos processos de decomposição/queima da biomassa remanescente dos desmatamentos ocorridos nos anos anteriores. As estimativas de 2ª Ordem representam com maior precisão estudos relativos ao ciclo de carbono. As estimativas de 1ª Ordem são normalmente utilizadas para reportar emissões de modo mais simples e intuitivo.

As estimativas de emissões líquidas combinam as emissões derivadas do processo de corte raso da floresta primária à dinâmica de crescimento/corte da vegetação secundária. Estes resultados indicam a influência do crescimento da vegetação secundária no balanço de carbono. A partir de dezembro de 2020 também foram incorporadas ao sistema as estimativas por degradação florestal.

As informações são disponibilizadas agregadas por ano e também de modo desagregado espacialmente. As tabelas e mapas estão disponíveis para download, em formato excel e shapefile. Além das estimativas anuais de CO2, o INPE-EM apresenta também as estimativas de emissões de CH4, N2O, CO e NOx.

Para compatibilidade com estimativas oficiais de emissões do Governo Brasileiro, o sistema utiliza como base os dados de biomassa utilizados pelas Comunicações Nacionais para a UNFCC, assim como para fins de estimativas de redução de emissões (REDD+).